Quase 90% dos motoristas não respeitam faixa de pedestres
VALTER TOZETTO JR Segundo levantamento da CET, grande maioria dos motoristas não respeita faixas que favorecem os pedestres Uma pesquisa realizada pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) apontou que a grande maioria dos motoristas que trafegam pelas ruas de São Paulo não respeita a passagem de pedestre nas faixas destinadas a eles. Segundo os dados, 89,6% dos motoristas que foram flagrados passando por um cruzamento no momento em que um pedestre tentava atravessar a via desrespeitaram a regra de prioridade ao pedestre. Apenas 10,4% respeitaram a passagem. Entretanto, a companhia aponta que ao serem questionados sobre a infração, 76,8% dos motoristas alegaram que respeitavam o direito. Já entre os pedestres, 69,5% afirmam se sentir desrespeitado pelos motoristas, seja por terem a passagem interrompida por eles ou pelo uso de ameaças como a intensificação da aceleração dos carros e o uso de buzina durante a passagem do pedestre. Os flagrantes feitos pela CET aconteceram entre os dias 14 de fevereiro e 15 de abril deste ano em diversos cruzamentos do centro expandido da cidade e levantou ainda as razões que levam os motoristas a não respeitarem a faixa de pedestres. De acordo com o levantamento, a justificativa mais frequente foram o desconforto provocado por outros veículos, como buzina, veículos "colados" na traseira; e as situações de emergências com ambulâncias e viaturas policiais. Seta - Outra situação de trânsito analisada pela pesquisa da CET foi o uso de seta no momento das conversões. Em um total de 12.328 situações analisadas, 68,3% dos motoristas acionaram a luz indicativa de direção, enquanto que os outros 31,7% condutores não acionaram a seta. Já na comparação do uso do sinal de luz em vias diferentes vias, foi verificado que a seta é mais usada nas avenidas de maior movimento. Isso seria devido à percepção do motorista de que vias mais movimentadas são as mais fiscalizadas. Batida - Uma tentativa de elevar o respeito à faixa de segurança para evitar atropelamentos precisa em primeiro lugar reverter uma ideia preconcebida de muitos motoristas: que isso vai, por ironia, aumentar o número de acidentes. O estudo mostra que o principal motivo alegado para não dar preferência aos pedestres (40,8% dos entrevistados) é que o carro que vem atrás está muito perto e pode haver uma batida se o da frente parar na área estabelecida.
Fonte: Portal do trânsito
SECRETÁRIA DE SEGURANÇA URBANA E CIDADANIA